Publicidade

Irene Lisboa

Portugal
25 Dez 1892 // 25 Nov 1958
Escritora/Professora/Pedagoga

Publicidade

Solidão

Cai chuva, chora.
Chora, chora.
Solidão, solidão!

Já não canta o pássaro.
Calou-se a voz, a alegre, a rara.
A que se ouvia solitária.
Cai chuva.

Não sou freira e estou num convento.
A paz, o silêncio, a chuva, os claustros...
Ser freira!

O sequestro, cantar, rezar.
Cai chuva, rude e sem dor.
Tu não choras.
Sou eu que choro.

Que é do pássaro, como cantava?
Voltou, voltou. Pia!
Bendito pássaro, onde estás?
Acompanha-me, já não chove.
Solidão, melancolia.

Irene Lisboa, in 'Outono Havias de Vir'




Publicidade

Publicidade

Outros Poemas de Irene Lisboa:

Publicidade

Inspirações

Amor e uma Cabana

Publicidade

© Copyright 2003-2025 Citador - Todos os direitos reservados | SOBRE O SITE