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66 Poemas

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Tudo quanto Sonhei se Foi Perdido (41)

O que sonhei e antes de vivido/ Era perfeito e lúcido e divino,/ Tudo quanto sonhei se foi perdido/ Nas ondas caprichosas do destino./ / Que os fados em mim mesmo depuseram/ Razões de ser e de não...

Fúria nas Trevas o Vento (42)

Fúria nas trevas o vento/ Num grande som de alongar,/ Não há no meu pensamento/ Senão não poder parar./ / Parece que a alma tem/ Treva onde sopre a crescer/ Uma loucura que vem/ De querer compre...

Nada Tem Sentido (43)

Nos altos ramos de árvores frondosas/ O vento faz um rumor frio e alto,/ Nesta floresta, em este som me perco/ E sozinho medito./ / Assim no mundo, acima do que sinto,/ Um vento faz a vida...
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Surdina (44)

No ar sossegado um sino canta,/ Um sino canta no ar sombrio.../ Pálida, Vênus se levanta.../ Que frio!/ / Um sino canta. O campanário/ Longe, entre névoas, aparece.../ Sino, que cantas solitário...

Magnificat (45)

Quando é que passará esta noite interna, o universo, / E eu, a minha alma, terei o meu dia? / Quando é que despertarei de estar acordado? / Não sei. O sol brilha alto, / Impossível de fitar. / A...

Sombras (46)

A meio desta vida continua a ser/ difícil, tão difícil/ atravessar o medo, olhar de frente/ a cegueira dos rostos debitando/ palavras destinadas a morrer/ no lume impaciente de outras bocas/ anunc...
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Dizem os Sábios (47)

Dizem os sábios que já nada ignoram/ Que alma, é um mito!.../ Eles que há muito, em vão, dos céus exploram/ O almo infinito.../ Eles, que nunca achavam no ente humano/ Mais que esta face/ De se...

Eu Cantarei um Dia da Tristeza (48)

Eu cantarei um dia da tristeza/ por uns termos tão ternos e saudosos,/ que deixem aos alegres invejosos/ de chorarem o mal que lhes não pesa./ / Abrandarei das penhas a dureza,/ exalando suspiros t...

Vislumbre (49)

A horas flébeis, outonais -/ Por magoados fins de dia -/ A minha Alma é água fria/ Em ânforas d'Ouro... entre cristais.../ / Mário de Sá-Carneiro, in 'Indícios de Oiro'...

Anima Mea (50)

Estava a Morte ali, em pé, diante,/ Sim, diante de mim, como serpente/ Que dormisse na estrada e de repente/ Se erguesse sob os pés do caminhante./ / Era de ver a fúnebre bachante!/ Que torvo olha...
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