Publicidade

893 Poemas

<< >>

Feliz Só Será (161)

Feliz só será/ A alma que amar./ / 'Star alegre/ E triste,/ Perder-se a pensar,/ Desejar/ E recear/ Suspensa em penar,/ Saltar de prazer,/ De aflição morrer —/ Feliz só será/ A alma que amar....

Nocturno a Duas Vozes (162)

— Que posso eu fazer/ senão beber-te os olhos/ enquanto a noite/ não cessa de crescer?/ / — Repara como sou jovem,/ como nada em mim/ encontrou o seu cume,/ como nenhuma ave/ poisou ainda nos m...

Talvez quem Vê Bem não Sirva para Sentir (163)

Talvez quem vê bem não sirva para sentir/ E não agrada por estar muito antes das maneiras./ É preciso ter modos para todas as coisas,/ E cada coisa tem o seu modo, e o amor também./ Quem tem o m...
Publicidade

Aprendamos, Amor (164)

Aprendamos, amor, com estes montes/ Que, tão longe do mar, sabem o jeito/ De banhar no azul dos horizontes./ / Façamos o que é certo e de direito:/ Dos desejos ocultos outras fontes/ E desçamos a...

Soneto (165)

Não pode Amor por mais que as falas mude/ exprimir quanto pesa ou quanto mede./ Se acaso a comoção falar concede/ é tão mesquinho o tom que o desilude./ / Busca no rosto a cor que mais o ajude,/...

A Tua Boca (166)

A tua boca. A tua boca./ Oh, também a tua boca./ Um túnel para a minha noite./ Um poço para a minha sede./ / Os fios dormentes de água/ que a tua língua solta num grito cor-de-rosa/ e a minha lÃ...
Publicidade

Dobrada à Moda do Porto (167)

Um dia, num restaurante, fora do espaço e do tempo, / Serviram-me o amor como dobrada fria. / Disse delicadamente ao missionário da cozinha / Que a preferia quente, / Que a dobrada (e era à moda d...

Somos Estrangeiros Onde quer que Estejamos (168)

Lídia, ignoramos. Somos estrangeiros/ Onde que quer que estejamos./ / Lídia, ignoramos. Somos estrangeiros/ Onde quer que moremos, tudo é alheio/ Nem fala língua nossa./ Façamos de nós mesmos o...

Se te Abaixasses, Montanha (169)

Se te abaixasses, montanha,/ poderia ver a mão/ daquele que não me fala/ e a quem meus suspiros vão./ / Se te abaixasses, montanha,/ poderia ver a face/ daquele que se soubesse/ deste amor talvez ...

Necrológio dos Desiludidos do Amor (170)

Os desiludidos do amor/ estão desfechando tiros no peito./ Do meu quarto ouço a fuzilaria./ As amadas torcem-se de gozo./ Oh quanta matéria para os jornais./ / Desiludidos mas fotografados,/ escre...
<< >>

Publicidade

Inspirações

A Grande Sabedoria

Publicidade

© Copyright 2003-2025 Citador - Todos os direitos reservados | SOBRE O SITE