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893 Poemas

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Namorados da Cidade (401)

Namorados de Lisboa/ à beira-Tejo assentados/ a dormir na Madragoa./ Namorados de Lisboa/ num mirante deslumbrados/ à beira-verde acordados/ namorados de Lisboa!/ / Ao domingo uma cerveja/ uma pevi...

Flores Velhas (402)

Fui ontem visitar o jardinzinho agreste,/ Aonde tanta vez a lua nos beijou,/ E em tudo vi sorrir o amor que tu me deste,/ Soberba como um sol, serena como um vôo./ / Em tudo cintilava o límpido poe...

Não Sei se é Amor que Tens, ou Amor que Finges (403)

Não sei se é amor que tens, ou amor que finges,/ O que me dás. Dás-mo. Tanto me basta./ Já que o não sou por tempo,/ Seja eu jovem por erro./ Pouco os deuses nos dão, e...
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A Tua Morte em Mim (404)

À memória de Raquel Moacir/ / A tua morte é sempre nova em mim./ Não amadurece. Não tem fim./ Se ergo os olhos dum livro, de repente/ tu morreste./ Acordo, e tu morreste./ Sempre, cada d...

Prometi-me Possuí-la (405)

Prometi-me possuí-la muito embora/ ela me redimisse ou me cegasse./ Busquei-a na catástrofe da aurora,/ e na fonte e no muro onde sua face,/ / entre a alucinação e a paz sonora/ da água e do mus...

Pedido (406)

Ama-me sempre, como à flor do lírio/ Bravo e sózinho, a quem a gente quer/ Mesmo já seco na recordação./ Ama-me sempre, cheia da certeza/ De que, lírio que sou da natureza,/ Na minha altura eu...
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Elogio da Distância (407)

Na fonte dos teus olhos/ vivem os fios dos pescadores do lago da loucura./ Na fonte dos teus olhos/ o mar cumpre a sua promessa./ / Aqui, coração/ que andou entre os homens, arranco/ do corpo as ve...

Rumor dos Fogos (408)

hoje à noite avistei sobre a folha de papel/ o dragão em celulóide da infância/ escuro como o interior polposo das cerejas/ antigo como a insónia dos meus trinta e cinco anos.../ / dantes eu con...

Olhos Suaves, que em Suaves Dias (409)

Olhos suaves, que em suaves dias/ Vi nos meus tantas vezes empregados; / Vista, que sobra esta alma despedias/ Deleitosos farpões, no céu forjados: / / Santuários de amor, luzes sombrias, / Olhos,...

Coração Polar (410)

Não sei de que cor são os navios/ quando naufragam no meio dos teus braços/ sei que há um corpo nunca encontrado algures/ e que esse corpo vivo é o teu corpo imaterial/ a tua promessa nos mastro...
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