893 Poemas
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Aceno (501)
Longe,/ Seu coração bate por mim;/ E a sua mão desenha aquele afago/ Que me sossega inteiro.../ / Longe,/ A verdade serena do seu rosto/ É que faz este dia verdadeiro.../ / Miguel Torga, in 'D...
Gazel da Lembrança de Amor (502)
Tua lembrança não leves./ Deixa-a sozinha em meu peito,/ / tremor de alva cerejeira/ no martÃrio de janeiro./ / Dos que morreram separa-me/ um muro de sonhos maus./ / Dou pena de lÃrio fresco/ pa...
Canção da Partida (503)
Ao meu coração um peso de ferro/ Eu hei de prender na volta do mar./ Ao meu coração um peso de ferro... Lançá-lo ao mar./ Quem vai embarcar, que vai degredado,/ As penas do amor não queira lev...
Vita Nuova (504)
Se ao mesmo gozo antigo me convidas,/ Com esses mesmos olhos abrasados,/ Mata a recordação das horas idas,/ Das horas que vivemos apartados!/ / Não me fales das lágrimas perdidas,/ Não me fales ...
Adeus! Caro de Mais te PossuÃa (505)
Adeus! caro de mais te possuÃa,/ sabes a estimativa em que te trazem;/ carta de teu valor dá-te franquia,/ meus vÃnculos a ti já se desfazem./ Como reter-te sem consentimento/ e onde mereço essa...
Desde Sempre em Mim (506)
Contente. Contente do instante/ Da ressurreição, das insônias heróicas/ / Contente da assombrada canção/ Que no meu peito agora se entrelaça./ Sabes? O fogo iluminou a casa./ E sobre a clarida...
VÃbora (507)
Como a vÃbora gerado,/ No coração se formou/ Este amor amaldiçoado/ Que à nascença o espedaçou./ / Para ele nascer morri;/ E em meu cadáver nutrido,/ Foi a vida que eu perdi/ A vida que tem v...
Soneto Amoroso Defendendo o Amor (508)
SONETO AMOROSO DEFENDENDO O AMOR/ / É gelo abrasador, fogo gelado,/ é ferida que dói e não se sente,/ é um sonhado bem, um mal presente,/ é um breve descanso fatigado;/ é um sossego qu...
Adeus! (509)
Adeus! para sempre adeus!/ Vai-te, oh! vai-te, que nesta hora/ Sinto a justiça dos céus/ Esmagar-me a alma que chora./ Choro porque não te amei,/ Choro o amor que me tiveste;/ O que eu perco, bem ...
Sonhos Meus (510)
Sonhos meus, suaves sonhos,/ Sois melhores do que a verdade;/ Quando sonho sou ditosa,/ Sem o ser na realidade./ / Amor, tu vens nos meus sonhos/ Acalmar-me o coração;/ Mas cruel! Quanto prometes/ ...
