893 Poemas
<< >>
De quem o mesmo Amor não se Apartava (531)
Já a roxa e clara Aurora destoucava/ Os seus cabelos de ouro delicados,/ E das flores os campos esmaltados/ Com cristalino orvalho borrifava;/ / Quando o formoso gado se espalhava/ De SÃlvio e de L...
Doces Despojos de meu Bem Passado (532)
Amor, co'a esperança já perdida/ Teu soberano templo visitei;/ Por sinal do naufrágio que passei,/ Em lugar dos vestidos, pus a vida./ / Que mais queres de mim, pois destruÃda/ Me tens a glória ...
Ai, Madre, Morro de Amor (533)
Nom chegou, madr’, o meu amigo/ e oj’est o prazo saÃdo./ Ai, madre, moiro d’amor!/ / Nom chegou, madr’, o meu amado/ e oj’est o prazo passado./ Ai, madre, moiro d’amor!/ / E oj’e...
Amor (534)
Aqueles olhos aproximam-se e passam./ Perplexos, cheios de funda luz,/ doces e acerados, dominam-me./ Quem os diria tão ousados?/ Tão humildes e tão imperiosos,/ tão obstinados!/ / Como estão pr...
Eu Ontem Ouvi-te... (535)
Andava a luz/ Do teu olhar,/ Que me seduz/ A divagar/ Em torno a mim./ E então pedi-te,/ Não que me olhasses,/ Mas que afastasses,/ Um poucochinho,/ Do meu caminho,/ Um tal fulgor/ De medo,amor,/ Q...
Mas se não Amo, nem Posso (536)
Mas se não amo, nem posso,/ Que pode então isto ser?/ Coração, se já morreste,/ Porque te sinto bater?/ Ai, desconfio que vives/ Sem tu nem eu o saber./ / Porque a olho quando a vejo?/ Porque a ...
Três Coisas (537)
Não consigo entender/ O tempo/ A morte/ Teu olhar/ / O tempo é muito comprido/ A morte não tem sentido/ Teu olhar me põe perdido/ / Não consigo medir/ O tempo/ A morte/ Teu olhar/ / O tempo, qua...
Humilhações (538)
Esta aborrece quem é pobre. Eu, quase Jó,/ Aceito os seus desdéns, seus ódios idolatro-os;/ E espero-a nos salões dos principais teatros,/ Todas as noites, ignorado e só./ / Lá cansa-me o rang...
Fonte (539)
Meu amor diz-me o teu nome/ — Nome que desaprendi.../ Diz-me apenas o teu nome./ Nada mais quero de ti./ Diz-me apenas se em teus olhos/ Minhas lágrimas não vi,/ Se era noite nos teus olhos,/ Só...
Pensamentos Nocturnos (540)
Lastimo-vos, ó estrelas infelizes,/ Que sois belas e brilhais tão radiosas,/ Guiando de bom grado o marinheiro aflito,/ Sem recompensa dos deuses ou dos homens:/ Pois não amais, nunca conhecestes ...
