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50 Poemas

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Patriota? Não: só Português (41)

Patriota? Não: só português./ Nasci português como nasci louro e de olhos azuis./ Se nasci para falar, tenho que falar-me./ / Alberto Caeiro, in Fragmentos / Heterónimo de Fernando Pess...

Português Vulgar (42)

O meu gato deixa-se ficar/ em casa, farejando o prato/ e o caixote das areias. Já não vai/ de cauda erguida contestar o domínio/ dos pedantes de raça, pelos/ quintais que restam. O meu gato/ é u...

Lusitânia Querida (43)

Lusitânia querida! Se não choro/ Vendo assim lacerado o teu terreno,/ Não é de ingrata filha o dó pequeno;/ Rebeldes julgo os ais, se te deploro./ / Admiro de teus danos o decoro./ Bebeu Sócrat...
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Quão Grande, Meus Amigos (44)

Quão grande, meus amigos, não era o Povo em que um Poeta podia dizer isto, sem medo de que o mundo, nem a posteridade, o desmentisse!/ / E nós também, nós, os Portugueses, já houve um tempo, em...

Anti-Soneto (45)

Ao Mário Saa/ / O nosso drama de portugueses,/ O nosso maior drama entre os maiores/ Dos dramas portugueses,/ É este apego hereditário à Forma:/ Ao modo de dizer, aos pontinhos nos ii,/ Às ...

Em Defesa da Língua Portuguesa (46)

Desta audácia, Senhor, deste descôco/ Que entre nós, sem limite, vai lavrando,/ Quem mais sente as terríveis conseqüências/ É a nossa português, casta linguagem,/ Que em tantas traduções an...
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Novas da Corte (47)

As damas nunca parecem/ os galantes poucos são/ cousas de prazer esquecem/ os negócios vêm e vão/ nunca minguam, sempre crescem./ Não há já nenhum folgar/ nem manhas exercitar/ é tanto o requ...

A Lua de Londres (48)

É noite; o astro saudoso/ Rompe a custo um plúmbeo céu,/ Tolda-lhe o rosto formoso/ Alvacento, húmido véu:/ Traz perdida a cor de prata,/ Nas águas não se retrata,/ Não beija no campo a flor,...

Ela no meu Olhar (49)

Os meus olhos são Ãndias de segredos./ É Portugal seu Corpo esguio e brando./ E as cinco quinas, seus compridos dedos/ Em suas mãos, bandeiras tremulando./ / Seus gestos lembram lanças. E ela pa...

A Camões (50)

Quando nalma pesar de tua raça/ A névoa da apagada e vil tristeza,/ Busque ela sempre a glória que não passa,/ Em teu poema de heroísmo e de beleza./ / Génio purificado na desgraça,/ Tu resumi...
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