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146 Poemas

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O Casulo (111)

No casulo:/ uma mesa quatro cinco estantes/ livros por centenas ou milhares/ tijolos de papel onde as traças/ acasalam e o caruncho espreita/ sólidas muralhas de elvezires onde/ a rua não penetra/...

A Brevidade da Vida (112)

MANIFESTA-SE A PRÓPRIA BREVIDADE DA VIDA, SEM PENSAR E COM PADECER, ASSALTADA PELA MORTE/ / Foi sonho ontem: será amanhã terra;/ pouco antes, nada; pouco depois, fumo;/ e destino ambições, a...

Elegia (113)

Vae em seis mezes que deixei a minha terra/ E tu ficaste lá, mettida n'uma serra,/ Boa velhinha! que eras mais uma criança.../ Mas, tão longe de ti, n'este Payz de França,/ Onde mal viste, então...
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Que Pesa o Escrúpulo do Pensamento? (114)

Azuis os montes que estão longe param./ De eles a mim o vário campo ao vento, à brisa,/ Ou verde ou amarelo ou variegado,/ Ondula incertamente./ Débil como uma haste de papoila/ Me suporta o mome...

O Deus Dará (115)

ao deus-dará/ vou como vou/ / tudo que sou/ foi ou será/ / não sei se o tempo/ trará ou não/ de supetão/ um contratempo/ / quando galopa/ age sem jeito/ torna imperfeito/ tudo que topa/ / o que...

N'um Album (116)

É esta vida um mar; e n'este mar/ Qual é o astro que nos alumia?/ Que norte, estrella ou bussola nos guia?/ Um olhar de mulher! um terno olhar!/ / João de Deus, in 'Ramo de Flores'...
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A Vida Leve (117)

Só o ter flores pela vista fora/ Nas áleas largas dos jardins exatos/ Basta para podermos/ Achar a vida leve./ / De todo o esforço seguremos quedas/ As mãos, brincando, pra que ...

Lamentação dos Filhos (118)

Do infinito nascemos/ para um termo preciso./ De infindas, as penas,/ de vago, o aviso./ / Nados mornos, frágeis,/ de entre dois gemidos./ Quando a morte, a eterna?/ Quando o Conhecido?/ / Que isto ...

Tal a Vida (119)

Em declive trepamos pela nuvem/ dos dias — em declive circundamos/ obscuros cristais/ transportados no sangue— e somos e/ levantamos/ as cores primitivas da fonte a luz/ que resvala corpo a corpo...

Sereno Aguarda o Fim que Pouco Tarda (120)

Sereno aguarda o fim que pouco tarda./ Que é qualquer vida? Breves sóis e sono./ Quanto pensas emprega/ Em não muito pensares./ / Ao nauta o mar obscuro é a rota clara./ T...
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