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António Vieira

Portugal
6 Fev 1608 // 18 Jul 1697
Padre/Escritor

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28 Textos

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O Amor Vulgar (11)

Pinta-se o Amor sempre menino, porque ainda que passe dos sete anos, como o de Jacob, nunca chega à idade de uso de razão. Usar de razão, e amar, são duas coisas que não se juntam. A alma de um menin...

O Primeiro Amor (12)

Questão é curiosa nesta Filosofia, qual seja mais precioso e de maiores quilates: se o primeiro amor, ou o segundo? Ao primeiro ninguém pode negar que é o primogénito do coração, o morgado dos afecto...

A Inveja não tem Passado (13)

Ainda não tendes advertido, que a inveja faz grande diferença dos mortos aos vivos, e dos presentes aos passados? Os olhos da inveja são como os do Sacerdote Heli, dos quais diz o Texto sagrado, que ...
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Ver e não Ver (14)

Não vos tem acontecido alguma vez ter os olhos postos e fixos em uma parte, e porque no mesmo tempo estais com o pensamento divertido, ou na conversação, ou em algum cuidado, não dar fé das mesmas co...

A Inveja é a Espada que Mais Corta (15)

Lançar a melhor carta na baralha talvez é treta de jogador; esconder com indústria o com que melhor se pode ganhar, nunca foi consequência de perder. Que importa que no jogo seja o rei a melhor carta...

O Mundo Está tão Cheio de Livros como Falto de Verdades (16)

O mundo está tão cheio de livros, como falto de verdades. E oxalá que nos homens fossem de algum modo tantos os frutos, quantas são sem número nos livros as folhas; mas a desgraça é que, por mais qu...
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As Quatro Ignorâncias do Amante (17)

Quatro ignorâncias podem concorrer em um amante, que diminuam muito a perfeição e merecimento de seu amor. Ou porque não se conhecesse a si: ou porque não conhecesse a quem amava: ou porque não conhe...

Para Um Homem Se Ver a Si Mesmo (18)

Para um homem se ver a si mesmo, são necessárias três cousas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é de noite, não se pode ver ...

Olhar e Chorar (19)

Notável criatura são os olhos! Admirável instrumento da natureza; prodigioso artifício da Providência! Eles são a primeira origem da culpa; eles a primeira fonte da Graça. São os olhos duas víboras, ...

O Pranto e o Riso (20)

Se o Pranto e o Riso aparecessem neste grande teatro no traje da verdade (sempre nua), sem dúvida seria a vitória do Pranto. Mas vestido, ornado e armado de uma tão superior eloquência, que o Riso se...
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