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Florbela Espanca

Portugal
8 Dez 1894 // 8 Dez 1930
Poetisa

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O Amor não Passa de uma Pobre Coisa Banal e Incompleta

Perdoo facilmente as ofensas, mas por indiferença e desdém: nada que me vem dos outros me toca profundamente. O amor! Ah, sim, o amor! Linda coisa para versos! A minha dolorosa experiência ensinou-me que sou só, que por mais que a gente se debruce sobre o mistério duma alma nunca o desvenda, que as palavras nada exprimem do que se quer dizer e que um grande amor, de que a gente faz o sangue e os nervos e as próprias palpitações da nossa própria vida, não passa duma pobre coisa banal e incompleta, imperfeita e ab­surda, que nos deixa iguais, miseravelmente iguais ao que éramos dantes, ao que continuaremos a ser. Então... para quê?

Florbela Espanca, in 'Correspondência (1930)'




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