Prazer Convicto ou sem DomÃnio
Quem age em vista do prazer e o persegue, por convicção e decisão, parece ser melhor do que quem não age por cálculo, mas por falta de domÃnio. Ou seja, o primeiro parece poder ser mais facilmente corrigido, porque pode ser convencido a alterar as suas convicções. Na verdade, o provérbio: «Se a água é capaz de sufocar, porque a bebemos?» parece poder aplicar-se a quem não se domina.
Se alguém age por ter sido convencido a fazer o que faz, deixará de o fazer se for convencido de outro modo. Contudo, estando ele agora convencido de que deve fazer uma coisa, ainda assim fará uma coisa diferente. Ainda, se perda de domÃnio e o autodomÃnio podem ser ditos a respeito de tudo na existência, quem é que existe com uma absoluta falta de domÃnio? Porque ninguém perde o domÃnio a respeito de tudo. Contudo, dizemos de alguns que têm uma falta de domÃnio absoluta.
Aristóteles, in 'Ética a Nicómaco'