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Alberto de Serpa

Portugal
12 Dez 1906 // 8 Out 1992
Poeta

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5 Poemas



Ambiente (1)

A Alexandre de Médicis/ / A rua é tão estreita/ que o luar mal chega às pedras/ que pisei, ao vir aqui./ / A casa tem pior fama/ do que a rua, onde só passa/ quem não tem outro caminho....

Natal (2)

Os joelhos em terra,/ as mãos erguidas, presas. / E Deus o céu descerra / aos murmúrios que rezas. / / Brilham mais as estrelas. / Mais neve o céu derrama. / E, se por fora gelas, / por dentro és uma...

Mais Valera... (3)

Baldadas, as tuas orações fervorosas,/ vãs, as tuas vigílias sem cansaço,/ inúteis, as tuas rugas que foram lágrimas, Mãe!/ E são brancos os teus cabelos por ser negra a minha vida.../ / Todos os amp...
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Incerteza (4)

Nem ilusão, nem/ vida. De ilusão,/ este amor não tem/ os sonhos em vão./ / E não tem, da vida,/ caminho da morte:/ sempre de subida,/ sem nuvem que importe./ / Assim, não acerto/ no estado em que and...

Névoa (5)

A Albano Nogueira/ / Abraçada à noite,/ a névoa desce sobre a terra./ / Imprecisamente,/ como se a névoa fosse dos meus olhos,/ vejo o casario e as luzes da outra margem do rio./ Mais à direita,...


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