António Fernandes Aleixo
Portugal
18 Fev 1899 // 16 Nov 1949
Poeta popular
18 Fev 1899 // 16 Nov 1949
Poeta popular
12 Poemas
>>Porque o Povo Diz Verdades (1)
Porque o povo diz verdades,/ Tremem de medo os tiranos,/ Pressentindo a derrocada/ Da grande prisão sem grades/ Onde há já milhares de anos/ A razão vive enjaulada./ / Vem perto o fim do capricho...
Ser Doido-Alegre, que Maior Ventura! (2)
Ser doido-alegre, que maior ventura!/ Morrer vivendo p'ra além da verdade./ É tão feliz quem goza tal loucura/ Que nem na morte crê, que felicidade!/ / Encara, rindo, a vida que o tortura,/ Sem v...
Que Feliz Destino o Meu (3)
MOTE/ / «Que feliz destino o meu/ Desde a hora em que te vi;/ Julgo até que estou no céu/ Quando estou ao pé de ti.»/ / GLOSAS/ / Se Deus te deu, com certeza,/ Tanta luz, tanta pureza,/ P'rò me...
O Beijo Mata o Desejo (4)
MOTE/ / «Não te beijo e tenho ensejo/ Para um beijo te roubar;/ O beijo mata o desejo/ E eu quero-te desejar.»/ / GLOSAS/ Porque te amo de verdade,/ 'stou louco por dar-te um beijo,/ Mas contra a ...
Os Vendilhões do Templo (5)
Deus disse: faz todo o bem/ Neste mundo, e, se puderes,/ Acode a toda a desgraça/ E não faças a ninguém/ Aquilo que tu não queres/ Que, por mal, alguém te faça./ / Fazer bem não é só dar/ P...
Não Creio nesse Deus (6)
I/ / Não sei se és parvo se és inteligente/ — Ao disfrutares vida de nababo/ Louvando um Deus, do qual te dizes crente,/ Que te livre das garras do diabo/ E te faça feliz eternamente./ / II/ / ...
Não Dês Esmola a Santinhos (7)
MOTE/ / Não dês esmola a santinhos,/ Se queres ser bom cidadão;/ Dá antes aos pobrezinhos/ Uma fatia de pão./ / GLOSAS/ / Não dês, porque a padralhada/ Pega nas tuas esmolinhas/ E compra frang...
Desporto e Pedagogia (8)
I/ / Diz ele que não sei ler/ Isso que tem? Cá na aldeia/ Não se arranjam dúzia e meia/ Que saibam ler e escrever./ / II/ / P'ra escolas não há bairrismo,/ Não há amor nem dinheiro./ Por quê...
Onde Nasceu a Ciência e o JuÃzo? (9)
MOTE/ / — Onde nasceu a ciência?.../ — Onde nasceu o juÃzo?.../ Calculo que ninguém tem/ Tudo quanto lhe é preciso!/ / GLOSAS/ / Onde nasceu o autor/ Com forças p'ra trabalhar/ E fazer a t...
A Torpe Sociedade onde Nasci (10)
I/ / Ao ver um garotito esfarrapado/ Brincando numa rua da cidade,/ Senti a nostalgia do passado,/ Pensando que já fui daquela idade./ / II/ / Que feliz eu era então e que alegria.../ Que loucura a...
