Florbela Espanca

Portugal
8 Dez 1894 // 8 Dez 1930
Poetisa

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135 Poemas

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Toledo (111)

Diluído numa taça de oiro a arder/ Toledo é um rubi. E hoje é só nosso!/ O sol a rir... Vivalma... Não esboço/ Um gesto que me não sinta esvaecer.../ / As tuas mãos tacteiam-me a tremer.../ ...
Charneca em Flor

Pior Velhice (112)

Sou velha e triste. Nunca o alvorecer/ Dum riso são andou na minha boca!/ Gritando que me acudam, em voz rouca,/ Eu, náufraga da Vida, ando a morrer!/ / A Vida, que ao nascer, enfeita e touca/ De a...
Livro de Mágoas

Frieza (113)

Os teus olhos são frios como as espadas,/ E claros como os trágicos punhais,/ Têm brilhos cortantes de metais/ E fulgores de lâminas geladas./ / Vejo neles imagens retratadas/ De abandonos cruéi...
Livro de Sóror Saudade
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O Que Tu És... (114)

És Aquela que tudo te entristece/ Irrita e amargura, tudo humilha;/ Aquela a quem a Mágoa chamou filha;/ A que aos homens e a Deus nada merece./ / Aquela que o sol claro entenebrece/ A que nem sabe...
Livro de Sóror Saudade

O Meu Condão (115)

Quis Deus dar-me o condão de ser sensível/ Como o diamante à luz que o alumia,/ Dar-me uma alma fantástica, impossível:/ - Um bailado de cor e fantasia!/ / Quis Deus fazer de ti a ambrosia/ Dest...
Charneca em Flor

Tarde no Mar (116)

A tarde é de oiro rútilo: esbraseia/ O horizonte: um cacto purpurino./ E a vaga esbelta que palpita e ondeia,/ Com uma frágil graça de menino,/ / Poisa o manto de arminho na areia/ E lá vai, e l...
Charneca em Flor
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Mocidade (117)

A mocidade esplêndida, vibrante,/ Ardente, extraordinária, audaciosa./ Que vê num cardo a folha duma rosa,/ Na gota de água o brilho dum diamante;/ / Essa que fez de mim Judeu Errante/ Do espíri...
Charneca em Flor

A Minha Piedade (118)

A Bourbon e Meneses/ / Tenho pena de tudo quanto lida/ Neste mundo, de tudo quanto sente,/ Daquele a quem mentiram, de quem mente,/ Dos que andam pés descalços pela vida,/ / Da rocha altiva, sobre ...
Charneca em Flor

A Um Moribundo (119)

Não tenhas medo, não! Tranquilamente,/ Como adormece a noite pelo Outono,/ Fecha os teus olhos, simples, docemente,/ Como, à tarde, uma pomba que tem sono.../ / A cabeça reclina levemente/ E os b...
Charneca em Flor

Maria das Quimeras (120)

Maria das Quimeras me chamou/ Alguém.. Pelos castelos que eu ergui/ P'las flores d'oiro e azul que a sol teci/ Numa tela de sonho que estalou./ / Maria das Quimeras me ficou;/ Com elas na minh'alma ...
Livro de Sóror Saudade
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