Florbela Espanca

Portugal
8 Dez 1894 // 8 Dez 1930
Poetisa

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135 Poemas

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Languidez (121)

Tardes da minha terra, doce encanto,/ Tardes duma pureza de açucenas,/ Tardes de sonho, as tardes de novenas,/ Tardes de Portugal, as tardes de Anto,/ / Como eu vos quero e amo! Tanto! Tanto!/ Horas...
Livro de Mágoas

Dizeres Íntimos (122)

É tão triste morrer na minha idade!/ E vou ver os meus olhos, penitentes/ Vestidinhos de roxo, como crentes/ Do soturno convento da Saudade!/ / E logo vou olhar (com que ansiedade! ...)/ As minhas ...
Livro de Mágoas

Torre de Névoa (123)

Subi ao alto, à minha Torre esguia,/ Feita de fumo, névoas e luar,/ E pus-me, comovida, a conversar/ Com os poetas mortos, todo o dia./ / Contei-lhes os meus sonhos, a alegria/ Dos versos que são ...
Livro de Mágoas
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Castelã da Tristeza (124)

Altiva e couraçada de desdém,/ Vivo sozinha em meu castelo: a Dor!/ Passa por ele a luz de todo o amor .../ E nunca em meu castelo entrou alguém!/ / Castelã da Tristeza, vês? ... A quem? .../ ...
Livro de Mágoas

Panteísmo (125)

Ao Botto de Carvalho/ / Tarde de brasa a arder, sol de verão/ Cingindo, voluptuoso, o horizonte.../ Sinto-me luz e cor, ritmo e clarão/ Dum verso triunfal de Anacreonte!/ / Vejo-me asa no ar, erva ...
Charneca em Flor

Sombra (126)

De olheiras roxas, roxas, quase pretas,/ De olhos límpidos, doces, languescentes,/ Lagos em calma, pálidos, dormentes/ Onde se debruçassem violetas.../ / De mãos esguias, finas hastes quietas,/ Q...
Livro de Sóror Saudade
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Renúncia (127)

A minha mocidade há muito pus/ No tranquilo convento da tristeza;/ Lá passa dias, noites, sempre presa,/ Olhos fechados, magras mãos em cruz.../ / Lá fora, a Noite, Satanás, seduz!/ Desdobra-se ...
Livro de Sóror Saudade

Esfinge (128)

Sou filha da charneca erma e selvagem./ Os giestais, por entre os rosmaninhos,/ Abrindo os olhos d'oiro, p'los caminhos,/ Desta minh'alma ardente são a imagem./ / Embalo em mim um sonho vão, mirage...
Livro de Sóror Saudade

A Voz da Tília (129)

Diz-me a tília a cantar: Eu sou sincera,/ Eu sou isto que vês: o sonho, a graça,/ Deu ao meu corpo, o vento, quando passa,/ Este ar escultural de bayadera.../ / E de manhã o sol é uma cratera,/...
Charneca em Flor

Sou Eu! (130)

À minha ilustre camarada Laura haves/ / Pelos campos em fora, pelos combros,/ Pelos montes que embalam a manhã,/ Largo os meus rubros sonhos de pagã,/ Enquanto as aves poisam nos meus ombros.../ /...
Charneca em Flor
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