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Francisco de Vasconcelos Coutinho

Portugal
1665 // 1723
Poeta
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4 Poemas



À Fragilidade da Vida Humana (1)

Esse baixel nas praias derrotado/ Foi nas ondas Narciso presumido;/ Esse farol nos céus escurecido/ Foi do monte libré, gala do prado./ / Esse nácar em cinzas desatado/ Foi vistoso pavão de Abril flo...

Falando com o Mondego Estando Saudoso (2)

Como é, Mondego, igual ao nascimento/ O meu choro ao que a ti te desempenha;/ Pois se o teu pranto nasce duma penha,/ De um penhasco se causa o meu lamento./ / Tu do mal, que padeço, estás isento,/ P...

À Sua Esperança (3)

Esta esperança vã, doce tormento,/ Com que amor lisonjeiro determina/ Acumular estragos à ruína/ Por levantar padrões ao escarmento,/ / Foi crepúsculo breve de um momento,/ Delicado jasmim, frágil bo...
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A uns Olhos Negros (4)

Olhos negros, que da alma sois senhores/ Duvido com razão desse atributo,/ Que é muito, que quem mata, traga o luto,/ E é muito ver na noite resplendores:/ / Se de negros, meus olhos, tendes cores,/ ...


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