Publicidade

Eugénio de Andrade

Portugal
19 Jan 1923 // 13 Jun 2005
Poeta

Publicidade

Até Amanhã

Sei agora como nasceu a alegria,
como nasce o vento entre barcos de papel,
como nasce a água ou o amor
quando a juventude não é uma lágrima.

É primeiro só um rumor de espuma
à roda do corpo que desperta,
sílaba espessa, beijo acumulado,
amanhecer de pássaros no sangue.

É subitamente um grito,
um grito apertado nos dentes,
galope de cavalos num horizonte
onde o mar é diurno e sem palavras.

Falei de tudo quanto amei.
De coisas que te dou
para que tu as ames comigo:
a juventude, o vento e as areias.

Eugénio de Andrade, in "Até Amanhã"
// Consultar versos e eventuais rimas




Publicidade

Publicidade

Publicidade

Facebook
Publicidade

Inspirações

Ímpeto de Voar

Publicidade

© Copyright 2003-2021 Citador - Todos os direitos reservados | SOBRE O SITE