António Maria Lisboa

Portugal
1 Ago 1928 // 11 Nov 1953
Poeta

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Conjugação

Para o A. Cruzeiro Seixas

A construção dos poemas é uma vela aberta ao meio
             e coberta de bolor
é a suspensão momentânea dum arrepio num dente
             fino
Como Uma Agulha

A construção dos poemas
A CONS
TRU
ÇÃO DOS
POEMAS

é como matar muitas pulgas com unhas de oiro azul
é como amar formigas brancas obsessivamente junto
             ao peito
olhar uma paisagem em frente e ver um abismo
ver o abismo e sentir uma pedrada nas costas
sentir a pedrada e imaginar-se sem pensar de repente

                            NUM TÚMULO EXAUSTIVO.

António Maria Lisboa, in "Ossóptico e Outros Poemas"




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