Devagar te amo, e devagar assomo
os dedos à altura dos olhos, do cabelo
dos anéis de outro turno, que é só meu
por querê-lo, meu amor, como a ti mesma quero
nos tempos de passado e sem futuro.
Devagar avanço um dealbar de dias
que vida seriam - mesmo que morto, à noite,
eu voltasse amargurado mas presente,
calado e quedo, e devagar amando.

Pedro Tamen, in “Rua de Nenhures”

1. A Luz que Vem das Pedras
2. Troco-me por Ti
3. Devagar te Amo
4. Quero-te de Branco, Meu Amor
5. Não sei, Amor, sequer, se te Consinto
6. Escrito de Memória
7. O Mar é Longe, mas Somos Nós o Vento
8. Não Digo do Natal
9. Não Tenho para Ti Quotidiano
10. Amigo, a que Vieste?
11. Um Fado: Palavras Minhas
12. Amar-te é Vir de Longe
13. A Segurança Destas Paralelas
14. Só dos Mortos Devemos Ter Ciúmes