Não Choro pela Pátria
Não choro pela pátria Ninguém chora pela pátria
Retém-se o grito que lavra pelo corpo
sulcos sangrentos e o faz sentir em si a pele
que se separa e se encolhe ante a violência
da dispersão comum e do falso fulgor
que encobre a irreparável divisão
de se ter perdido o universo e a viva comunidade
Onde estão aqueles que poderiam metamorfosear
a indigência da separação real
abrindo um espaço de respiração solar
e reunir num todo os que conhecem a sua solidão
e os que nem sequer sentem a vertigem de a nada pertencerem
senão à negação que se afirma em lugar da integridade viva?
António Ramos Rosa, in 'Pátria Soberana'
Retém-se o grito que lavra pelo corpo
sulcos sangrentos e o faz sentir em si a pele
que se separa e se encolhe ante a violência
da dispersão comum e do falso fulgor
que encobre a irreparável divisão
de se ter perdido o universo e a viva comunidade
Onde estão aqueles que poderiam metamorfosear
a indigência da separação real
abrindo um espaço de respiração solar
e reunir num todo os que conhecem a sua solidão
e os que nem sequer sentem a vertigem de a nada pertencerem
senão à negação que se afirma em lugar da integridade viva?
António Ramos Rosa, in 'Pátria Soberana'
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Outros Poemas de António Ramos Rosa:
1. Não Posso Adiar o Amor
2. É por Ti que Vivo
3. Mãe
4. Para um Amigo Tenho Sempre
5. É por Ti que Escrevo
6. A Mulher
7. Estar Só é Estar no Íntimo do Mundo
8. A Festa do Silêncio
9. Vive-se Quando se Vive a Substância Intacta
10. Vertentes
11. A Verdade
12. Um Ofício que Fosse de Intensidade e Calma
13. Poema dum Funcionário Cansado
14. A Partir da Ausência
15. O Jardim
16. A Leitora
17. A Palavra
18. A Leitora
19. Aqui Mereço-te
20. Mediadora do Vento
... Ver todos os 21 poemas
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