Entre o olival e a vinha/ o Tejo líquido jumento/ sua solar viola afina/ a todo o azul do seu comprimento/ / tendo por lânguida bainha/ barcaças de bacia larga/ que possessas de ócio animam/ o sol a ...
Os pássaros de Londres/ cantam todo o inverno/ como se o frio fosse/ o maior aconchego/ nos parques arrancados/ ao trânsito automóvel/ nas ruas da neve negra/ sob um céu sempre duro/ os pássaros de L...
Havia no meu tempo um rio chamado Tejo/ que se estendia ao Sol na linha do horizonte./ Ia de ponta a ponta, e aos seus olhos parecia/ exactamente um espelho/ porque, do que sabia,/ só um espelho com ...
Ó Cidade da Luz! Perpétua fonte/ De tão nítida e virgem claridade,/ Que parece ilusão, sendo verdade,/ Que o sol aqui feneça e não desponte.../ / Embandeira-se em chamas o horizonte:/ Um fulgor áureo...
1/ / Ó choupo magro e velhinho,/ Corcundinha, todo aos nós:/ És tal qual meu avôzinho,/ Falta-te apenas a voz./ / 2/ / Minha capa vos acoite/ Que é p'ra vos agazalhar:/ Se por fóra é cor da noite,/ P...
E de novo, Lisboa, te remancho,/ numa deriva de quem tudo olha/ de viés: esvaído, o boi no gancho,/ ou o outro vermelho que te molha./ / Sangue na serradura ou na calçada,/ que mais faz se é de homem...
Vagueio por estas ruas violadas,/ Do violado Tamisa ao derredor,/ E noto em todas as faces encontradas/ Sinais de fraqueza e sinais de dor./ / Em toda a revolta do Homem que chora,/ Na Criança que gr...
Diluído numa taça de oiro a arder/ Toledo é um rubi. E hoje é só nosso!/ O sol a rir... Vivalma... Não esboço/ Um gesto que me não sinta esvaecer.../ / As tuas mãos tacteiam-me a tremer.../ Meu corpo...
Charneca em Flor
Buquê de ruídos úteis/ o dia. O tom mais púrpura/ do avião sobressai/ locomovida rosa pública./ / Entre os edifícios a acácia/ de antigamente ainda ousa/ trazer ao cimo a folhagem/ sua dor de apertad...
A praça da Figueira de manhã, / Quando o dia é de sol (como acontece / Sempre em Lisboa), nunca em mim esquece, / Embora seja uma memória vã. / / Há tanta coisa mais interessante / Que aquele lugar l...
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