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146 Poemas

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Carta a Manoel (71)

Manoel, tens razão. Venho tarde. Desculpa./ Mas não foi Anto, não fui eu quem teve a culpa,/ Foi Coimbra. Foi esta paysagem triste, triste,/ A cuja influencia a minha alma não reziste,/ Queres no...

Meto-me para Dentro (72)

Meto-me para dentro, e fecho a janela./ Trazem o candeeiro e dão as boas noites,/ E a minha voz contente dá as boas noites./ Oxalá a minha vida seja sempre isto:/ O dia cheio de sol, ou suave de c...

A Canção da Vida (73)

A vida é louca/ a vida é uma sarabanda/ é um corrupio.../ A vida múltipla dá-se as mãos como um bando/ de raparigas em flor/ e está cantando/ em torno a ti:/ Como eu sou bela/ amor!/ Entra em ...
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A Armadura (74)

Desenganos, traições, combates, sofrimentos,/ Numa vida já longa acumulados, vão/ — Como sobre um paul contínuos sedimentos,/ Pouco a pouco envolvendo em cinza o coração./ / E a cinza com o ...

Pequenos Poemas Mentais (75)

Mental: nada, ou quase nada sentimental./ / I/ / Quem não sai de sua casa,/ não atravessa montes nem vales,/ não vê eiras/ nem mulheres de infusa,/ nem homens de mangual em riste, sua...

Um Grande Utensílio de Amor (76)

um grande utensílio de amor/ meia laranja de alegria/ dez toneladas de suor/ um minuto de geometria/ / quatro rimas sem coração/ dois desastres sem novidade/ um preto que vai para o sertão/ um br...
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O Album (77)

Minha Júlia, um conselho de amigo;/ Deixa em branco este livro gentil:/ Uma só das memórias da vida/ Vale a pena guardar, entre mil./ / E essa n’alma em silêncio gravada/ Pelas mãos do mistér...

Talvez o Vento Saiba (78)

Talvez o vento saiba dos meus passos,/ das sendas que os meus pés já não abordam,/ das ondas cujas cristas não transbordam/ senão o sal que escorre dos meus braços./ As sereias que ouvi não ma...

Passo Triste no Mundo (79)

Passo triste no mundo, alheio ao mundo./ Passo no mundo alheio, sem o ver,/ E místico, ideal e vagabundo,/ Sinto erguer-se minh'Alma do profundo/ Abismo do seu Ser./ / Vivo de Mim, em Mim, e pa...

A Vida Passa como se Temêssemos (80)

Deixemos, Lídia, a ciência que não põe/ Mais flores do que Flora pelos campos,/ Nem dá de Apolo ao carro/ Outro curso que Apolo./ / Contemplação estéril e longínqua/ Das coisas próximas, de...
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