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146 Poemas

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À Fragilidade da Vida Humana (81)

Esse baixel nas praias derrotado/ Foi nas ondas Narciso presumido;/ Esse farol nos céus escurecido/ Foi do monte libré, gala do prado./ / Esse nácar em cinzas desatado/ Foi vistoso pavão de Abril...

Bate a Luz no Cimo... (82)

Bate a luz no cimo/ Da montanha, vê.../ Sem querer eu cismo/ Mas não sei em quê..../ / Não sei que perdi/ Ou que não achei.../ Vida que vivi,/ Que mal eu a amei !.../ / Hoje quero tanto/ Que o n...

Obrei quanto o Discurso me Guiava (83)

Obrei quanto o discurso me guiava,/ Ouvi aos sábios quando errar temia;/ Aos bons no gabinete o peito abria,/ Na rua a todos como iguais tratava./ / Julgando os crimes nunca os votos dava,/ Mais dur...
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Vilegiatura (84)

O sossego da noite, na vilegiatura no alto; / O sossego, que mais aprofunda / O ladrar esparso dos cães de guarda na noite; / O silêncio, que mais se acentua, / Porque zumbe ou murmura uma coisa ne...

Mais Há-de Perder quem Mais Alcança (85)

De vós me parto, ó vida, e em tal mudança/ Sinto vivo da morte o sentimento./ Não sei para que é ter contentamento,/ Se mais há-de perder quem mais alcança!/ / Mas dou-vos esta firme seguranç...

Poema da Hora Escoada (86)

Minhas mãos/ - duas chamas débeis de vela/ unidas no mesmo destino./ / Minhas mãos/ derretidas em cera/ que vai escorrendo,/ gota a gota,/ ao longo do corpo hirto/ da vela moribunda./ Que vai esco...
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A Vida que Vivemos (87)

A vida que vivemos encerrou-se/ na concha de coral duma lembrança./ Por muros altaneiros confmou-se,/ volteia dentro deles em suave dança./ / Liberta de sonhar, por tal fronteira,/ condenada a um e...

Natal (88)

Natal, antes e agora/ imutável. Feliz/ noite branca sem hora/ no pátio da Matriz./ / Natal: os mesmos sinos/ de repiques iguais./ Brinquedos e meninos,/ Natal de outros natais./ / A Banda, vozes, p...

Indução (89)

Há em todas as coisas/ a marca estranha/ da minha presença. / / Sons, palavras, imagens,/ tudo eu desfiguro e torno falso./ / As pessoas, à minha volta,/ deslizam vagamente como sonâmbulos/ - fan...

Oh, Vida! Fugitiva Companheira (90)

Oh, Vida!/ Fugitiva companheira,/ Eu sinto que não posso acompanhar-te./ Por isso, nesta hora feiticeira,/ Quisera erguer-te uma barreira/ E fazer-te parar/ E abraçar-te;/ E abraçar-te tão íntim...
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