Não Nasceste para Ser Compreendido
Se, como eu, sentires que não fazes parte deste mundo, deixa-te de tristezas e junta-te a mim, pois nascemos pelo mesmo motivo: estamos cá para mudar isto.
Habitamos o planeta medo.
Como tal, todos os que assumirem o amor sentir-se-ão à margem das suas fronteiras.
Ninguém é indiferente a uma pessoa que se ame.
Recorda-te, por exemplo, da história de Jesus.
Ele era a sua verdade. Ele fez o seu caminho.
E o que aconteceu?
Foi admirado e desprezado; expandiu o amor e despoletou a discórdia; foi protegido e foi atacado; foi corajoso e teve medo.
Morreu neste mundo por não fazer parte dele, por não se render a ele, por querer fazer dele um lugar diferente.
E como ele, outros grandes lÃderes: Mahatma Gandhi, Nelson Mandela, Martin Luther King, entre muitos mais.
Cada um destes homens foi a personificação do amor, seja através da luta pela paz, pelos direitos humanos ou pela liberdade.
Já todos partiram, mas todos deixaram um legado de esperança a quem, como eu, ficou. É possÃvel, neste planeta acovardado, promover grandes mudanças sem usar a violência, a ameaça ou a imposição como forma de resolver as diferenças. Pessoalmente, utilizo as palavras, as atitudes diárias e, acima de tudo, a força da alma para combater na linha da frente.
E o que me acontece?
Sou tão admirado como desprezado, tanto difundo o amor como promovo a discórdia, sou amparado e hostilizado, vivo corajoso e às vezes assusto-me.
Tanta gratidão.
E tu?
Que vida é a tua? Que papel é o teu?
Acredita que se aqui estás é porque há em ti um destino humanitário, um caminho diferente daqueles que observas, um sentido de amor apurado e divino. Não te queixes, não te chateies, não exijas compreensão. Não nasceste para ser compreendido. Nenhum daqueles homens o pretendeu e foi assim que mudaram a energia da Terra.
Vives para difundir quem és e oferecer tudo o que trazes contigo em prol da mudança chamada «Nova Terra».
Luta por esta causa, mas não ofendas por ela, não julgues por ela, não mates por ela.
Que o amor que assumes e te diferencia seja a razão de todas as tuas alegrias e malogros.
Gustavo Santos, in 'A Verdade do Amor'