Gustavo Santos

Portugal
n. 27 Mai 1977
Life Coach

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Quem Ama Verdadeiramente

Quem ama verdadeiramente, tanto se entrega como deixa ir, tanto cuida como deixa sofrer.

Vamos esclarecer uma coisa: amar é dar asas ao que sentimos e permitir que os outros também possam voar com as suas.

Sem hora marcada, sem justificação, sem contemplações.

Se a liberdade é o principal valor do amor, quer dizer que tanto eu como tu podemos extrair dessa sua virtude o melhor para nós. E, muitas vezes, o melhor tanto passa por iniciar a história que queremos com a pessoa que desejamos, como por terminá-la porque o desejo de uma das partes ou das duas acabou. O amor, livre que é, tanto é o princípio como o fim. E assim é também no que diz respeito ao cuidar e ao deixar sofrer. O amor tanto se manifesta no tratar bem, na companhia e no afeto, como vive a 100% no silêncio e no não estar. As pessoas vivem com a total liberdade de escolher o melhor ou o pior para elas. Assim sendo, e perante o cenário de alguém que se desrespeita continuamente e que se habituou a sugar a energia de todos os que lhe desejam mudança, não estar ao lado dessa pessoa, não ir nas suas lengalengas nem lhe levar afeto ao queixume é uma belíssima forma de amá-la. Porquê? Porque lhe retiramos atenção. A atenção de que ela depende para continuar a vitimizar-se. Amá-la é deixá-la temporariamente imersa na escassez das suas próprias escolhas, até ganhar consciência de que assim não vai a lado nenhum que valha a pena.

E tu, mal de ti se achas que não podes deixar o outro sozinho a lidar com os seus próprios fantasmas. Quem te disse que és assim tão importante? Não és. O outro vive sem ti sem problema nenhum. Tu é que talvez não vivas sem ele sem o que lá vais buscar, seja reconhecimento ou motivos para te queixares. Mas isso já não é amor. E sabes porquê? Porque não permites que a liberdade flua em nenhum dos dois. Estás inúmeras vezes ao seu lado, sem que te apeteça estar e, mais tarde ou mais cedo, vais cobrar por isso, e ensinas o outro a depender de ti e de quem vier a seguir a ti, ou seja, cortas-lhe as asas para sempre.

Posto isto, sugiro que analises o índice de amor que vibra no teu coração:

Lutas por ti? Por cada sonho teu?

Entregas-te incondicionalmente?

Aceitas o fim de algo que nunca irás esquecer?

Cuidas sempre que te apetece cuidar e somente quando te apetece fazê-lo?

Dás tempo a quem precisa de se ouvir e reencontrar?

Se respondeste afirmativamente a estas questões, muito bem, estás a ser a representação perfeita do amor, logo, a promover, laje a laje, a edificação da «Nova Terra».

Gustavo Santos, in 'A Verdade do Amor'




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