Gustavo Santos

Portugal
n. 27 Mai 1977
Life Coach

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Tu Estás Vivo

Tu estás vivo.

Esta afirmação parece básica. Parece, mas não é.

Não tenho qualquer receio de afirmar que pelo menos metade da população deste país aparenta estar viva, mas na verdade não está. Estar vivo não é respirar. Não é sair da cama todos os dias. Nem é ir para aqui ou para acolá como se fôssemos parte ativa do mundo. Isso é estar cá. Estar vivo é bem diferente. É sentir. É rasgar a fronteira do medo e ir.

A maior parte das pessoas não dá pelo ar a entrar nos pulmões; levanta--se da cama, mas não acorda; e vai para todo o lado, mas não vai a lado nenhum.

Estar vivo é estar presente, é respeitar a vontade, é arriscar, celebrar, amar e agradecer; como tal, não é possível viver quando não nos permitimos inspirar as quatro estações do ano, quando vemos na cama ou no sofá o refúgio perfeito para definhar nas nossas dores e quando passamos os dias no papel de marionetas, destinados a viver na mão dos outros, a ir para onde temos de ir em detrimento de ir para onde gostaríamos que a nossa vida fosse.

A maior parte das pessoas morre aos trinta, quarenta ou cinquenta, mas só é enterrada aos sessenta, setenta ou oitenta.

Qualquer pessoa é composta por três grandes forças: a intuição que a liga à alma e, como tal, à sua sabedoria ancestral e à sua missão de vida; a mente que a liga à Terra; e o corpo, veículo da evolução espiritual, que aqui anda somente para experimentar prazeres e dores. Ou seja, mesmo que alguém negue todas as expressões da sua intuição e afaste da sua mente todas as boas estratégias e todos os bons pensamentos que poderiam mudar a sua vida, mesmo que isso aconteça, o corpo pode continuar cá, ainda que nada conheça ou se lembre, além do sofrimento condizente com a vida penosa que o seu anfitrião escolheu viver.

Podemos cá andar, mas não andamos cá a fazer nada de jeito.

Não honramos a nossa missão, não agradecemos a oportunidade de estarmos vivos e podermos fazer a diferença, não amamos, nada.

É claro que para a «Nova Terra» eclodir do coração de alguns para a realidade de todos, todos precisamos de cá andar, mas vivos. Vivos, afoitos e imparáveis. Só assim, só de bravura ao peito e amor por todo o lado, podemos almejar viver e tornar a vida possível aos que, connosco, partilham este planeta encantador.

Mil vezes rir e chorar pela vida se dar do que ingrato e indiferente por andar cá por andar.

Gustavo Santos, in 'A Verdade do Amor'




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