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41 Poemas

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Clareira (31)

Quando depois do amor/ ela está estendida/ para o céu/ e as pernas/ reluzem/ / e a boca/ tem o ar/ de uma bicicleta junto/ a uma macieira/ / e seu corpo/ se move/ e os seios/ estão no tanque/ dent...

Posse II (32)

Ele —/ / Seduzir o cotidiano pelo corpo./ Penetrá-lo deste brilho longo,/ compacto,/ onde o cansaço não é tédio/ mas úmido intervalo./ / A paisagem não sustenta/ mais os olhos; estrelas/ des...

Despede Teu Pudor (33)

Despede teu pudor com a camisa/ E deixa alada louca sem memória/ Uma nudez nascida para a glória/ Sofrer de meu olhar que te heroíza/ / Tudo teu corpo tem, não te humaniza/ Uma cegueira fácil de...
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Nas Altas Torres (34)

Nas altas torres do corpo/ todas as horas cantavam./ Eu quis ficar mais um pouco/ como se um campo de potros/ espantasse a madrugada./ / Eu quis ficar mais um pouco/ e o teu corpo e o meu tocavam/ in...

Já quasi até Morria (35)

Já quasi até morria/ C’os olhos nos da amada./ E ela que se sentia/ Não menos abrasada:/ - “Ai, caro Atfes! – dizia -/ Não morras inda, espera/ Que eu contigo morrer também quisera”/ A ...

O Abraço (36)

(excerto)/ / Não vês inda, de gosto sufocados,/ Um noutro nossos peitos esculpidos?/ Não sentes nossos rostos tão chegados/ E ainda mais os corações unidos?/ Oh! Mais, mais do que unidos!/ Tu f...
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Posse I (37)

Ela —/ / Na corporificação da claridade/ festejaremos nosso encontro./ Os intervalos de posse,/ iluminados,/ se encobrem de flores;/ musgos são tessitura/ desta distância breve,/ desta pausa ma...

Tua Chama Incendeia o Meu Pensamento (38)

Penso: logo tua chama/ incendeia o meu pensamento/ logo me entregas/ as pálpebras da orquídea submersa/ logo o dia amanhece/ em todas as conchas do teu dorso/ logo os meus olhos/ esvaziam o cálice...

Verão (39)

Eu te chamo tumulto/ e virei sobre ti/ ao fogo dos frutos/ na hora em que a polpa da tarde/ fende/ e pelo campo escorrem farelos de ouro/ à luz azul da bruma./ / Para ti alço/ com a rigidez de um b...

Benoit (40)

Acende no meu peito o sério lume/ Aceso no teu peito porco e bento,/ E sê no medo meu, no meu tormento,/ O mestre predileto, o amado nume/ / Capaz de iluminar, sob o cardume/ De estrelas, uma estra...
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