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893 Poemas

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Fumo (191)

Longe de ti são ermos os caminhos,/ Longe de ti não há luar nem rosas;/ Longe de ti há noites silenciosas,/ Há dias sem calor, beirais sem ninhos!/ / Meus olhos são dois velhos pobrezinhos/ Per...
Livro de Sóror Saudade

O Tempo Seca o Amor (192)

O tempo seca a beleza,/ seca o amor, seca as palavras./ Deixa tudo solto, leve,/ desunido para sempre/ como as areias nas águas./ / O tempo seca a saudade,/ seca as lembranças e as lágrimas./ Deix...

A Noite não me Deu nenhum Sossego (193)

Como voltar feliz ao meu trabalho/ se a noite não me deu nenhum sossego?/ A noite, o dia, cartas dum baralho/ sempre trocadas neste jogo cego./ Eles dois, inimigos de mãos dadas,/ me torturam, envo...
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Nocturnamente (194)

Nocturnamente te construo/ para que sejas palavra do meu corpo/ / Peito que em mim respira/ olhar em que me despojo/ na rouquidão da tua carne/ me inicio/ me anuncio/ e me denuncio/ / Sabes agora pa...
Raiz de Orvalho e Outros Poemas

O Apaixonado (195)

Luas, marfins, instrumentos e rosas,/ Traços de Dúrer, lampiões austeros,/ Nove algarismos e o cambiante zero,/ Devo fingir que existem essas coisas./ Fingir que no passado aconteceram/ Persépoli...

Nocturno (196)

Amor! Anda o luar todo bondade,/ Beijando a terra, a desfazer-se em luz.../ Amor! São os pés brancos de Jesus/ Que andam pisando as ruas da cidade!/ / E eu ponho-me a pensar... Quanta saudade/ Das ...
Livro de Sóror Saudade
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Labirinto ou Alguns Lugares de Amor (197)

O outono/ por assim dizer/ pois era verão/ forrado de agulhas/ / a cal/ rumorosa/ do sol dos cardos/ / sem outras mãos que lentas barcas/ vai-se aproximando a água/ / a nudez d...

Mãezinha (198)

Andam em mim fantasmas, sombras, ais.../ Coisas que eu sinto em mim, que eu sinto agora;/ Névoas de dantes, dum longínquo outrora;/ Castelos d'oiro em mundos irreais.../ / Gotas d'água tombando......

Amor à Vista (199)

Entras como um punhal/ até à minha vida./ Rasgas de estrelas e de sal/ a carne da ferida./ / Instala-te nas minas./ Dinamita e devora./ Porque quem assassinas/ é um monstro de lágrimas que adora....

Maldição (200)

Se por vinte anos, nesta furna escura,/ Deixei dormir a minha maldição,/ - Hoje, velha e cansada da amargura,/ Minh'alma se abrirá como um vulcão./ / E, em torrentes de cólera e loucura,/ Sobre ...
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