Olhem em redor deste universo. Que enorme profusão de seres, animados e organizados, sensíveis e activos! Vocês admiram esta extraordinária variedade e fecundidade. Mas inspeccionem mais atentamente estas existências vivas, os únicos seres que merecem ser observados. Como são hostis e destrutivos uns para os outros! Como todos eles são insuficientes para a sua própria felicidade! Como são desprezíveis ou abomináveis para o espectador! O todo não representa nada a não ser a ideia de uma natureza cega, impregnada de um grande princípio estimulante, e vertendo do regaço, sem discernimento nem cuidado paternal, os seus filhos mutilados e abortivos.

David Hume, in 'Diálogos Sobre a Religião Natural'

1. A Frivolidade dos Nossos Anseios de Felicidade
2. A Nossa Prodigiosa Parcialidade
3. Inveja e Proximidade
4. As Ideias dependem das Sensações
5. O Ciclo da Satisfação
6. A Diferença entre Ficção e Crença
7. O Todo não Representa Nada
8. Todo o Conhecimento Degenera em Probabilidade
9. O Saber Ajuda em Todas as Actividades
10. O Terror como Base da Religião