Se for uma prioridade, tens sempre tempo.

O tempo não passa de uma medida que nos foi imposta desde o berço.

Dizem-nos, desde cedo, que vamos morrer, que há um tempo para tudo e que se não agirmos nesse preciso e precioso momento, já não cai bem, já não é bonito, e ainda nos ensinam à força que apenas dispomos de vinte e quatro horas por dia.

É tudo mentira. Não passam de ideias formatadas, unicamente concebidas para manipular o povo, amarrando-o à desesperança e à convicção de que a vida é uma vida de sacrifício.

Em primeiro lugar, não morremos. Ninguém morre. Morre o corpo, mas ninguém é o corpo que o veste, somos todos a alma que nos preenche; logo, apenas abandonamos a embalagem e passamos para lá do véu, rumo à eternidade que nos toca a todos; depois, não há um tempo próprio para nada. Nunca é cedo nem é tarde desde que haja vontade. E por fim, os dias não têm obrigatoriamente mil quatrocentos e quarenta minutos. Isso é o que o relógio nos diz, mas os ponteiros não sabem do coração nem nunca lidaram com a mente. E para perceberes isto, basta estares apaixonado nesse dia ou estupidamente aborrecido no sofá à espera de uma chamada ou de alguém, para teres a certeza de que o tempo passou a voar ou foi demasiado lento ao ponto de parecer que está a gozar contigo.

Verdade?

Assim sendo, o foco que implementamos nos nossos dias assume um papel determinante na forma como os vivemos e no tempo que temos ao longo de toda a nossa vida.

Só não tem tempo, e essa é das desculpas mais esfarrapadas que podemos ouvir, quem não está em contacto com a sua essência.

Estamos aqui para respeitar cada um dos nossos mais íntimos desejos e, por isso mesmo, jamais nos faltará tempo para vivê-los. Pode faltar a coragem, mas nunca o tempo.

Agora, é claro que não temos tempo para nada se vivermos com as prioridades invertidas, ou seja, se não soubermos o que andamos aqui a fazer porque andamos demasiado preocupados com as ações dos outros, se não vivenciarmos as nossas paixões nem cuidarmos da nossa saúde porque andamos, sistematicamente, envolvidos com as chatices e com as doenças dos outros e se não tivermos como desfrutar das coisas boas que a vida nos oferece diariamente porque nos enchemos de responsabilidades, obrigações, apegos e afins.

Mas isso é uma escolha pessoal. E é da competência de cada um responsabilizar-se pelo tempo que tem, porque tempo há, há e haverá sempre, tu e a tua cabeça é que podem andar a mil à hora há demasiado tempo.

Mas olha, a vida não é uma corrida. É um passeio. É para ser apreciada.

Mas só entenderás isso quando usares o teu tempo a teu favor.

Gustavo Santos, in 'Ama-te Nível 2: Assumir a Alma'

1. Expulsar Alguém das Nossas Vidas
2. Ama e Ama-te
3. O Medo de Magoar os Outros
4. Trazer a Paixão de Volta
5. Agrada-te a Ti
6. Temos de Ser o que Nos Apetecer
7. A Tua Importância na Tua Vida
8. A Culpa é uma Doença
9. É Preciso Viver-se com Paixão
10. Ultrapassar o Medo
11. O Amor a Dois
12. Quem Cobra não Ama
13. A Vontade de Mudar
14. Somos os Comandantes das Nossas Vidas
15. Depender de Alguém
16. O Sucesso é a Felicidade
17. Escolher Melhor
18. A Sabedoria da Velhice
19. Mudar para Melhor
20. Ser Espiritual
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