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Manuel Bandeira

Brasil
19 Abr 1886 // 13 Out 1968
Poeta / Professor / Tradutor

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Letra para uma Valsa Romântica

A tarde agoniza
Ao santo acalanto
Da noturna brisa.
E eu, que também morro,
Morro sem consolo,
Se não vens, Elisa!

Ai nem te humaniza
O pranto que tanto
Nas faces desliza
Do amante que pede
Suplicantemente
Teu amor, Elisa!

Ri, desdenha, pisa!
Meu canto, no entanto,
Mais te diviniza,
Mulher diferente,
Tão indiferente,
Desumana Elisa!

Manuel Bandeira, in 'Bandeira de bolso: uma Antologia Poética'




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