O que me faz escrever este poema/ não são as coisas: terra céu astros./ A saber: estendo a mão: e/ o mundo reconhece-a encontra a/ / memória onde repousa e se transforma./ Pequena questão de va...
Estes versos antigos que eu dizia/ Ao compasso que marca o coração/ Lembram ainda?... Lembrarão um dia.../ — Nas memórias dispersas recolhidas/ Sequer na piedosa devoção/ / De algum livro de ...
Nenhuma estrela luz, com mais brilho no céu./ Não oiço rumor d’asa ou de vagido/ É meia-noite já. E ainda não nasceu./ O que terá acontecido?/ / Eu, para aqui ajoelhado,/ A memória da infâ...
Desce por fim sobre o meu coração/ O olvido. Irrevocável. Absoluto./ Envolve-o grave como véu de luto./ Podes, corpo, ir dormir no teu caixão./ A fronte já sem rugas, distendidas/ As feições,...
Copla 1/ / A cabeça é um órgão curioso/ Curiosamente organizado/ Basta ver quando nos fazem uma trepanação/ Geralmente não é muito fácil/ Eis a história singular/ De um certo Mathurin Lafie...
No casulo:/ uma mesa quatro cinco estantes/ livros por centenas ou milhares/ tijolos de papel onde as traças/ acasalam e o caruncho espreita/ sólidas muralhas de elvezires onde/ a rua não penetra/...
ao deus-dará/ vou como vou/ / tudo que sou/ foi ou será/ / não sei se o tempo/ trará ou não/ de supetão/ um contratempo/ / quando galopa/ age sem jeito/ torna imperfeito/ tudo que topa/ / o que...
Nossa memória sempre foi a memória/ dos monstros nosso enigmático testamento/ de altas labaredas sempre foi/ o caminho/ devastado pelo sangue pela circuncisa memória/ dos mortos pelo perfil/ dos ...
Meu velho burgo dormido/ meu berço de heras/ poeira húmida/ de secos orvalhos/ minha lembrança/ de presságios não cumpridos/ Meu regaço de penas/ minha brisa alada/ burgo meu cais/ donde não p...
O que se descreve é como cotovelos no parapeito (30)
O que se descreve é como cotovelos no parapeito,/ pode ser tão sombrio/ quanto uma interrogação em círculo,/ tão viril quanto este caminho mau,/ tão minucioso quanto esta perspectiva não infi...
Este Obscuro Objecto do Desejo
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