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119 Poemas

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À Minha Morte (61)

Sei, que um dia fatal me espera, e talha/ A minha vida o estame:/ Nem Prosérpina evita uma só frente./ Sei que vivi: mas quando/ Tem de soltar-se, ignoro, o vivo laço;/ E se claros, ou...

Noites em Claro (62)

Passas em claro as noites a chorar;/ Dia a dia, teu rosto empalidece.../ Faze tu, pobre Mãe, por serenar,/ Santa Resignação sobre ela desce!/ / Rochedo que a penumbra desvanece,/ Tu, por acaso, nÃ...

A Plácida Face Anónima de um Morto (63)

A plácida face anónima de um morto. / / Assim os antigos marinheiros portugueses, / Que temeram, seguindo contudo, o mar grande do Fim, / Viram, afinal, não monstros nem grandes abismos, / Mas pra...
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Cruz na Porta (64)

Cruz na porta da tabacaria! / Quem morreu? O próprio Alves? Dou / Ao diabo o bem-estar que trazia. / Desde ontem a cidade mudou. / / Quem era? Ora, era quem eu via. / Todos os dias o via. Estou / Ag...

Linda Inês (65)

Choram ainda a tua morte escura/ Aquelas que chorando a memoraram;/ As lágrimas choradas não secaram/ Nos saudosos campos da ternura./ / Santa entre as santas pela má ventura,/ Rainha, mais que to...

A Minha Dôr (66)

Tua morte feriu-me no mais fundo,/ Remoto da minh'alma que eu julgava/ Já fóra desta vida e deste mundo!/ / E vejo agora quanto me enganava,/ Imaginando possuir em mim/ Alma que fôsse livre e não...
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Lúcia (67)

(Alfred de Musset)/ / Nós estávamos sós; era de noite;/ Ela curvara a fronte, e a mão formosa,/ Na embriaguez da cisma,/ Tênue deixava errar sobre o teclado;/ Era um murmúrio; parecia...

Uma Gravura Fantástica (68)

Um vulto singular, um fantasma faceto,/ Ostenta na cabeça horrivel de esqueleto/ Um diadema de lata, - único enfeite a orná-lo/ Sem espora ou ping'lim, monta um pobre cavalo,/ Um espectro tambem, ...

Idílio (69)

Sinto que, ás vezes, choras, minha Irmã,/ No teu sombrio quarto recolhida.../ É que ele vem rompendo a sombra vã/ Da Morte, e lhe aparece á luz da vida!/ / E afflicta, como choras, minha Irmã.....

Como, Morte, Temer-te? (70)

Como, morte, temer-te?/ Não estás aqui comigo, a trabalhar?/ Não te toco em meus olhos; não me dizes/ que não sabes de nada, que és vazia,/ inconsciente e pacífica? Não gozas,/ comigo, tudo: ...
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