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119 Poemas

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Súplica (91)

Mortos que em certas horas me falais/ Com a vossa mudez ou murmúrios subtis,/ Dizei: Custa muito morrer?/ Há lá, por esse mundo, uma outra vida,/ Que valha a pena viver?/ / Mortos que em certas ho...

Minha Alegria (92)

Minha alegria foi no teu caixão;/ Deitou-se ao pé de ti, na sepultura,/ A fim de acalentar teu coração/ E tornar-te mais branda a terra dura./ / Por isso, é para mim consolação/ Esta sombria d...

Sobresalto (93)

Quantas horas passava contemplando/ Seu pequenino Vulto. Era um Anjinho/ Dentro de nossa casa, abençoando.../ Era uma Flôr, um Astro, um Amorzinho./ / Um dia, em que ele, ao pé de mim, sósinho/ B...
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Delirio (94)

Não posso crêr na morte do Menino!/ E julgo ouvi-lo e vê-lo, a cada passo.../ É ele? Não. Sou eu que desatino;/ É a minha dôr soffrida, o meu cansaço./ / Delirio que me prendes num abraço,/ ...

A Nada Imploram Tuas Mãos já Coisas (95)

A nada imploram tuas mãos já coisas,/ Nem convencem teus lábios já parados,/ No abafo subterrâneo/ Da úmida imposta terra./ / Só talvez o sorriso com que amavas/ Te embalsama remota, e nas mem...

Sete Haicais - um Poema (96)

Este vale canta/ - um pássaro fez morada/ em sua garganta./ / O inverno me achou/ lavrando a terra. Havia paz/ no canto das pás./ / Botas de soldado/ frente ao mar. – Vindes matar/ até as gaivot...
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Condição para Aceitar (97)

Que a morte me lembre/ um mar transparente,/ só assim a aceito:/ silêncio final/ dentro de meu peito,/ perfeição de vagas/ brancas e caladas,/ paisagem abolida/ no horizonte raso/ do mar sem coqu...

Elegia (98)

O teu corpo,/ uma vez o meu altar e pecado,/ O teu corpo/ agora amarelo e viscoso,/ hostil como a freira enclausurada,/ é uma forma obscena ao sol./ / Tu estás morta –/ tu, o meu pão e vinho san...

Madrigal Excentrico (99)

Tu que não temes a Morte,/ Nem a sombra dos cyprestes,/ Escuta, Lyrio do Norte,/ Os meus canticos agrestes:/ / ........................................../ ........................................../...

No Seu Tumulo (100)

Sobre o seu frio berço sepulcral,/ Meu espirito resa ajoelhado;/ E sente-se perfeito e virginal/ Na sua dôr divina concentrado./ / Caí, gotas de orvalho matinal!/ Astros, caí do céu todo estrela...
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