Publicidade

Carlos de Oliveira

Portugal
10 Ago 1921 // 1 Jul 1981
Escritor

Publicidade

Acusam-me de Mágoa e Desalento

Acusam-me de mágoa e desalento,
como se toda a pena dos meus versos
não fosse carne vossa, homens dispersos,
e a minha dor a tua, pensamento.

Hei-de cantar-vos a beleza um dia,
quando a luz que não nego abrir o escuro
da noite que nos cerca como um muro,
e chegares a teus reinos, alegria.

Entretanto, deixai que me não cale:
até que o muro fenda, a treva estale,
seja a tristeza o vinho da vingança.

A minha voz de morte é a voz da luta:
se quem confia a própria dor perscruta,
maior glória tem em ter esperança.

Carlos de Oliveira, in 'Mãe Pobre'
// Consultar versos e eventuais rimas




Publicidade

Publicidade

Outros Poemas de Carlos de Oliveira:

Publicidade

Facebook
Publicidade

Inspirações

Desejo sem Limites

Publicidade

© Copyright 2003-2021 Citador - Todos os direitos reservados | SOBRE O SITE