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73 Poemas

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O Cerimonial das Mãos (51)

Mãe, onde foi que deixaste a outra metade,/ a que anunciava o sol na turvação das noites,/ a que iluminava a sombra no cerimonial das mãos?/ Em que côncavo de rochas buscava abrigo/ essa outra m...

A Minha Mãe (52)

Vermelho foi o teu cabelo, Mãe!/ — sinal de já ser minha a liberdade./ E quanto embranqueceu! Mas haja alguém/ que chame desistência ao que é Vontade,/ / ao que é brandir ao vento a felicidad...

Fica Comigo (53)

Mãe,/ arqueia os joelhos/ para que o crepúsculo do medo/ possa ceder ao berço/ onde repouse./ E não me toques. Não me toques,/ não me beijes./ Deixa-me permanecer aninhado no vazio/ qual bicho ...
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A Senhora de Brabante (54)

Tem um leque de plumas gloriosas,/ na sua mão macia e cintilante,/ de anéis de pedras finas preciosas/ a Senhora Duquesa de Brabante./ / Numa cadeira de espaldar dourado,/ Escuta os galanteios dos ...

Mãe (55)

Mãe:/ Por quem/ os sinos/ dobram/ assim?/ / É por ti/ / ou por mim?/ / / / / Albano Martins, in 'Antologia Poética'...

A Minha Mãe (56)

Lembra alvuras de cisne sobre um lago/ A minha vida imaculada e honesta... / Ouço bater meu coração em festa,/ Pela bondade e amor que nele trago!/ / Do meu orgulho olímpico de mago/ Só o desdé...
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Relíquia (57)

Era de minha mãe: é um pobre xale/ que tem pra mim uma carícia de asa./ Vou-lhe pedir ainda que me fale/ da que ele agasalhou em nossa casa./ / Na sua trama já puída e lassa/ deixo os meus dedos...

O Companheiro de Viagem (58)

A alma da tua mãe flutua adiante./ A alma da tua mãe ajuda a noite a navegar, escolho após escolho./ A alma da tua mãe fustiga os tubarões à tua frente./ / Esta palavra é a disciplina da tua m...

Maes, Vinde Ouvir! (59)

Longe de ti, na cella do meu quarto,/ Meu copo cheio de agoirentas fezes,/ Sinto que rezas do Outro-mundo, harto,/ Pelo teu filho. Minha Mãe, não rezes!/ / Para fallar, assim, ve tu! já farto,/ Pa...

Varanda de Pilatos (60)

Não há tempo. Há o espaço. O sol e as nossas voltas./ Os bocejos da lua, o clã dos astros./ Os buracos negros./ Ó mãe! Para onde foram os seres vivos de ainda/ Há pouco em todo o seu esplendo...
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